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O REVIVER DAS NOSSAS TRADIÇÕES  NAS GRANDES FESTAS DO DIVINO ESPÍRITO SANTO NA NOVA INGLATERRA

Texto e Fotos de: Carlos Morgadinho
Adiaspora.com

Visitámos, mais uma vez, no corrente ano de 2011, a cidade de Fall River, Estado de Massachussets, com a finalidade de cobrirmos as “Grandes Festas do Divino do Espírito Santo de Nova Inglaterra”, que, como é do conhecimento geral, celebrou este ano o seu 25º aniversário. Infelizmente, tal como aconteceu há dois anos atrás, este ano também o seu excelente e vasto programa comemorativo foi, em parte, cancelado, devido ao mau tempo que se fez sentir naquela zona provocado pelo furacão, ou tempestade, “Irene”, que assolou, e devastou também, toda a costa leste dos Estados Unidos da América do Norte onde a cidade mencionada de Fall River está inserida.

Saímos de Toronto, na noite do dia 25, nos autocarros da firma local Mafra Tours, a fim de estarmos presentes nestas festividades que anualmente, por esta data, atrai dezenas de milhares de forasteiros vindos de vilas e cidades desta região dos Estados Unidos onde se inclui Rhode Island, Massachussets, Connecticut, New Hampshire e não só pois de New Jersey, New York até da Califórnia e de muitos outros lugares inclusive das Bermudas e os que se deslocam do Ontário e Quebeque, para assistir e participar neste evento em honra do Divino Espírito Santo uma cultura de fé e devoção que os nossos imigrantes açorianos trouxeram no acto de emigrar para estas terras de acolhimento.

Isto aconteceu há mais de cem anos com a chegada desses nossos compatriotas e a fixarem-se nesta zona da costa leste da Nova Inglaterra e também na Califórnia para não esquecermos o Brasil, mais precisamente nos Estados do Maranhão e de Santa Catarina onde há 300 anos ali se radicaram os primeiros colonos e onde ainda hoje são realizadas também estas festas em louvor à Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, o Divino Espírito Santo.

Chegámos a Fall River no dia seguinte, dia 26, pelas nove horas da manhã para deixar desembarcar a maioria dos passageiros que ali tinham familiares à espera. Os outros, muito poucos, seguiram para o Hotel Comfort Inn, em Pawtucket no Estado de Rhode Island, uma meia hora de viagem de Fall River.

O começo destas festividades tiveram lugar na noite anterior, dia 25, Quinta-feira, com a abertura oficial da iluminação no Kennedy Park e das grandes tendas com artesanato, lugares de comes-e-bebes onde os tradicionais e deliciosos petiscos das festas das gentes açorianas tinham a obrigatoriedade de estar presente como a morcela, favas, batata com pimenta, malassadas, batata-frita, tremoços picantes, cachorros-quentes (hot-dogs), chouriço assado, caçoilas, bifanas e outras delicias bem como os refrigerantes e cervejas sem álcool, obviamente. O serão até às 23 horas dessa noite foi dedicado à juventude com as actuações de jovens de que destacamos Alexandra Pavão, Brianna Vieira, Sandy Berto, Galaxy e Sem Limite.

No dia da nossa chegada, sexta-feira, foi a vez duma cerimónia de suma importância – a Bênção e distribuição das Pensões (carne, pão e leite), no total de 365, uma para cada dia do ano, para serem entregues a pessoas carenciadas. Esta cerimónia, realizada pelas 18 horas, junto à Coroa do Divino e ao Império, contou com as presenças do Bispo dos Açores, D. António Sousa Braga; da presidente da autarquia de Ponta Delgada e convidada de honra para as comemorações dos 25 anos das Festas do Divino na Nova Inglaterra, a Drª Berta Cabral; o Secretário da Economia do Governo Regional dos Açores, Dr. Vasco Ilídio Alves Cordeiro; do professor do Instituto Luso do BCC e convidado de honra das Grandes Festas em representação da Comunidade Portuguesa e outros dignitários presentes dos quais destacamos o Mayor da cidade de Fall River, William Flanagan. Após aquela cerimónia foram executados os Hinos em louvor ao Divino pela Filarmónica Lira de Nossa Senhora da Estrela, da Candelária, da Ilha de São Miguel.  

Seguidamente foi a abertura oficial da “Expo 2011” um patrocínio da Associação de Municípios da Ilha de São Miguel, Açores, com artesanato regional e trabalhos ao vivo por alguns dos artesãos presentes. Esta representação era liderada pelo ex vice-presidente da Câmara da Lagoa, Roberto Medeiros. Entretanto decorria no palco as actuações da Folia da Santíssima Trindade de Bristol (hode Island), Folia dos Amigos Açorianos, do Pezinho à moda da Terceira e a Ilha do Sol do Clube Mariense de East Providence actividades espectáculos que encerraram pelas 20 horas.

Devido ao mau tempo que se fazia sentir já com chuva intermitente e rajadas de vento o prelúdio dos meteorologistas da aproximação da tempestade baptizada por “Irene” e que foi anunciado antecipadamente o cancelamento do programa para o dia seguinte que incluía o apreciado Cortejo da Coroação excepto a missa solene na Igreja de St. Anne’s (Santa Ana).

Foi pena efectivamente o cancelamento do Cortejo das Coroações no Domingo, pois é a parte religiosa destas festividades com muita participação tendo já confirmadas as presenças, segundo nos informaram, de duas dezenas e meia de Irmandades, 17 bandas filarmónicas e dezenas de “rainhas” com os seus mantos lindíssimos e que atrai mais de cem mil espectadores ao longo do cortejo e no Kennedy Park. As vestes das “Rainhas” bem à moda palaciana das damas do século XIV onde a Rainha Santa Isabel que, segundo a lenda, transformou o pão que levava para os pobres em rosas quando abordada e questionada pelo seu esposo, o nosso rei D. Dinis, sobre o que levava oculto no avental e ficou admirado pela resposta de – “apenas rosas, meu Senhor” – quando se estava em pleno Janeiro e nesta época do ano não haver estas flores.

Mas voltando ao cortejo etnográfico e ao Bodo de Leite, no sábado, as dezenas de grupos, Irmandades, Associações concentraram-se junto à réplica das Portas da Cidade de Ponta Delgada na avenida com o mesmo nome e South Main Street, partindo em direcção do Kennedy Park, após que foi iniciado o cortejo pelas 10 horas da manhã.

Terminado este cortejo que teve uma duração de cerca de 3 horas procedeu-se à bênção da massa e do leite pelo Bispo dos Açores, D. António Sousa Braga, e distribuída por quantos enchiam aquele espaço que mesmo com o mau tempo ainda se contava pelo menos à volta dos três milhares. Este ano estas festividades foram celebradas sob a temática - “O REVIVER DAS NOSSAS TRADIÇÕES” – pois muitos da numerosa população lusa que vive e labuta engrandecendo aquela região leste dos Estados Unidos muitos já da terceira e quarta geração de imigrantes que ali fixaram residência nos primórdios do século passado e que continuam a manter viva a cultura das suas terras de origem sendo a devoção ao Divino Espírito Santo o verdadeiro elo que os une pois sendo na sua maioria de raízes açorianas cuja fé e a devoção à Terceira Pessoa da Santíssima Trindade é comum e seguida a todas as ilhas e celebrada com fervor na passagem litúrgica do Pentecostes.

Assim abria o cortejo os estandartes das Grandes Festas e as bandeiras de Portugal, Região dos Açores, Madeira, Canadá, EUA e da cidade de Fall River seguidos  das câmaras municipais dos Açores transportados pelos alunos da Escola Portuguesa de Fall River liderada pela professora Maria Jose Soares e Sally Paz e acompanhados pelos Boys Scouts of America.

-Banda Internacional David Melo.
-Professores e a representação de pais dos alunos da escola oficializada portuguesa de Fall River.
-Seguiram-se os políticos e convidados de honra dos quais apontamos o Mayor de Fall River, William Flanagan, Dra. Berta Cabral, presidente da Camara Municipal de Ponta Delgada, Dr. Jose F. Costa, professor do Instituto Luso da BCC, a representar a Comunidade Portuguesa, e o Dr. Vasco Cordeiro, Secretário da Economia do Governo Regional dos Açores.
-Rainha das Grandes  Festas, Debby Viveiros.
-Presidente das Grandes Festas Sr. Jose Moniz e esposa, Goreti Moniz
-Associação dos Veteranos das Forças Armadas Portuguesas com o seu presidente Eduíno Faria.
-O artista e compositor local, Mark Dennis
-Conjunto Musical de Cambridge
-Amigos do Conselho da Ribeira Grande, Pawtucket, RI
-Rancho Folclórico “Casa do Ribatejo” de New Jersey
-Associação Cultural Lusitânia de Fall River
-Grupo Popular, “Ilhas de Bruma”
-Um carro “Charabam” à moda antiga
-Irmandade da Caridade da Associação Cultural Lusitânia, Fall River
-Carro Alegórico da Associação Cultural, Fall River,
-Rancho Folclórico  da Associação Cultural Açoriana de Fall River,
-Associação Cultural Açoriana e Corpos Directivos
-Associação de São João da Sociedade de Na. Sra. da Luz, Fall River
-Carro Alegórico da mesma Associação
-Rancho Folclórico Alto Minho, , Peabody, MA
-Fundação Beneficente Faialense, Inc.
-Associação Académica de Fall River.
-Fall River Sports
-Irmandade do Senhor do Bom Jesus da Vila de Rabo de Peixe
-Banda de Santo António, Fall River, MA
-Centro Comunitário Irmandade do Divino Espírito Santo do Pico, NB
-Marcha de São João do Clube Juventude Lusitânia, Cumberland,
-Representação do Galo de Barcelos da escola Portuguesa do Clube J. Lusitania, Cumberland, RI
-Casa do Benfica, do Clube Juventude Lusitânia
-Rancho Folclórico Danças e Cantares do Clube Lusitânia, Cumberland, RI
-Mordomia da Igreja do Espírito Santo de Fall River, MA
-Rancho Folclórico da Igreja de Nossa Senhora de Fátima de Cumberland, RI
-Núcleo os Sportinguistas do Clube Juventude Lusitânia
-Representação e Corpos Directivos do Clube Juventude Lusitânia, Cumberland, RI
-Banda do Clube Juventude Lusitânia de Cumberlande, RI
-Rancho Etnográfico Moda da Nossa Terra da Filarmónica de São João, de Stoughton, MA
-Santíssima Trindade de Bristol e sua Folia,
-Amigos da Bretanha, Fall River, MA
-Rancho Folclórico de Taunton, MA
-Centro Cultural da Banda de Santo António de Cambridge
-Representação dos Amigos de Rabo de Peixe
-Banda de Santa Isabel, Bristol

-Centro Comunitário de Santa Maria, East Providence
-Carro Alegórico de Centro de Santa Maria, EP.
-Conjunto Popular “Ilha do Sol” do Clube Mariense, E.Providence
-Irmandade do Divino Espírito Santo de Saugus, MA
-Representação do Império Mariense do Clube de Hudson, MA
-Carro Alegórico da Açoriana Manufacturing, Fall River, MA.
-Rancho Folclórico Belas Ilhas do clube Açores, Newark, NJ
-Império de São Pedro da Banda de Nossa Senhora da Luz
-Irmandade do Divino Espírito Santo da Banda de Nossa Senhora da Luz, Fall River
-Banda de Nossa Senhora da Luz, Fall River, MA
-Clube Recreativo e Cultural do Warren, RI,
-Irmandade da Trindade do Warren, RI
-Rancho Folclórico do Clube Social Português de Pawtucket
-Carro da rainha do Dia de Portugal 2011 de Clube Social Português de Pawtucket
-Igreja do Espírito Santo de Attleboro— Uma homenagem a todos os paroquianos vivos e falecidos desta Paroquia.
-Banda de Nossa Senhora dos Anjos, New Bedford, MA

-Cranston Portuguese Club, RI, Sr. Carlos Fonseca, Presidente
-Rancho Folclórico do Cranston Portuguese Club
-Casa do Benfica do Cranston Portuguese Club
-Núcleo os Sportinguistas do Cranston Portuguese Club
-Os Amigos das Feteiras, Gabriela Melo
-Grupo “Além Fronteiras”
-Rancho Folclórico de Santo António, o mais antigo de RI, fundado em 1977
-Centro Comunitário do Grupo Amigos da Terceira, Pawtucket, RI
-Filarmónica Lira Nossa Senhora da Estrela, Canelaria, São Miguel, --Açores,
-Organização da União Portuguesa Beneficente, Pawtucket, RI, Sede Geral
-Sra. Maria Silveira, Presidente
-Rancho Folclórico Ramos de Oliveira  da União Portuguesa Beneficente
-Rancho Folclórico “Nove Ilhas”  do Phillips St. Hall, East Providence
-Carros Típicos do Phillips Street Hall, East Providence,
-Corpos Directivos do Phillips Street Hall
-Fall River Sports
-Banda de Nossa Senhora da Conceição Mosteirence, Fall River, MA
-Irmandade do Divino Espírito Santo da Paróquia de Nossa Senhora do Rosário, Providence
-Fameiros,  Jose Isidro Anastácio e Jose de Sousa
-Organização Grupo de Manuel Isaías, recordando caçadores à moda antiga.
-Rancho Folclórico “Portugal Canta e Dança, CT
-Representação da Igreja de São Miguel, Fall River, MA
-João Correia, artista comunitário
-Um cavaleiro, Antonio Cabral
-Representação da Igreja de Santo António, Pawtucket
-Carro de Bois de New Hampshire, Mario Silva e Adalberto Cunha, proprietários
-Irmandade do Divino Espírito Santo da Igreja de Santo Cristo, Fall River, MA
-Irmandade do Divino Espírito Santo da Banda de Santa Cecilia, Fall River, MA
-Filarmónica de Santa Cecília, Fall River, MA
(Esta Banda tinha à sua responsabilidade as cerimonias junto ao Império)

-Império das Esmolas do Grupo Unidos de Fall River
-Azorean Maritime Heritage, New Bedford
-Rancho Folclórico do Santíssimo Sacramento, New Bedford, MA
-Representação de New Bedford Whaling Museum e seu director Roberto Rocha
-Banda Nova Aliança de Santo António, Pawtucket, RI

A massa sovada e o leite foram, antes de serem distribuídos pelos presentes, benzidos pelo bispo dos Açores tendo a Banda Filarmónica de Santa Cecília de Fall River tocado os hinos nacionais dos Estados Unidos da América do Norte e de Portugal bem como dos Açores e do Divino Espírito Santo sendo cantados pelo conhecido artista local Victor Santos que foi acompanhado por todos os presentes.

A Comissão Coordenadora do Cortejo Etnográfico e Bodo de Leite era liderada por Clemente Anastácio e formada por Victor Santos, Manuel Medeiros, Ramiro Mendes, António Pimentel, José Raposo, Pedro Alves, Carlos Dias, António Andrade, Manuel Braga, Anselmo Fernandes, Luis Rodrigues, José Dias, Vinício Cordeiro, Adriano Pereira, Sidónio Simões, Fernando Galvão, João Duarte, Tibério Borges e Nuno Pimentel, tendo como apresentador, ou Mestre-de-Cerimónias, Ricardo Farias.

Esta festa de louvor ao Espírito Santo foi iniciada em 1986 por vários imigrantes residentes em Fall River e que sob a liderança de Heitor de Sousa deitaram  mãos à obra e que hoje agrupa mais de 80 instituições, Irmandades, paróquias, escolas e clubes atraindo anualmente a Fall River, local onde se realizam estas festividades, mais de cem mil pessoas na sua grande maioria portugueses e seus descendentes.

Só quem ainda não assistiu a estas festividades é que não tem uma ideia aproximada da envergadura desta obra erguida do nada por uma meia dúzia de nossos conterrâneos determinados a unir numa só festa as suas raízes açorianas e a fé ao Divino Espírito Santo.

Sobre o Cortejo Etnográfico foi adicionado à parte religiosa três anos depois, mais precisamente em 1989, por outro português, Clemente Anastácio,  hoje com 74 anos de idade, natural da Ilha Terceira, Açores, para assim reviver o colorido e as tradições da sua terra e do Bodo de Leite. Continua a ser o seu coordenador. Disse-nos há tempos atrás, se a memória não nos atraiçoa, numa entrevista que lhe fizemos, ter chegado aos Estados Unidos por meados dos anos 60, após ter cumprido uma comissão no Ultramar e ser desmobilizado após o término.

A Drª Berta Cabral exortou, na sua alocução do banquete de encerramento das Grandes Festas do Divino Espírito Santo, os açorianos da diáspora “a vencerem um duplo desafio: a afirmação da comunidade na América e a aproximação das comunidades aos Açores e que a melhor maneira de celebrar o passado é preparar o futuro. Esta autarca também focou “…que o grande passo para afirmar efectivamente a comunidade açoriana na sociedade americana é dado através da educação. É através da educação que crescemos e que nos afirmamos. Dêem o máximo de educação possível aos vossos filhos”.

Mais à frente esta autarca e convidada de honra das Grandes Festas do Divino Espírito Santo de 2011, desafiou ainda os açorianos radicados na América a obterem a dupla cidadania “para, simultaneamente, manterem a cultura de origem e intervirem na sociedade de acolhimento. A nossa comunidade é suficientemente representativa para poder participar na gestão das cidades e dos Estados e se preparar e organizar para isso”. Entre outras referências, Berta Cabral, apontou para o preço elevado dos transportes entre os Açores e a América do Norte acrescentou “…temos uma terra que merece ser visitada e isso não se consegue só com boas intenções”, disse.

Sobre a tempestade “Irene” fomos, o nosso grupo hospedado no hotel Comfort Inn, foi, podemo-nos assim chamar, de “sortudos” pois com tal tempestade à nossa volta no domingo, encerrados no hotel o dia e a noite, com as inundações por todo o lado dadas à chuvada torrencial e vento ciclónico originando os rios a galgar os seus leitos e alagar as áreas adjacentes, com dezenas e dezenas de árvores tombadas pelas estradas e até sobre as casas. Neste campo não temos muita razão para nos queixarmos pois não fomos afectados com severidade.

Mesmo na electricidade fomos bafejados dado que o temível apagão que era comum por muitas vilas e cidades e por toda aquela região da Nova Inglaterra, com centenas de milhares de casas sem essa energia, não fomos molestados ou inibidos de utilizar a electricidade. Outros nossos amigos que vieram também de Toronto e se encontravam hospedados noutros hotéis naquela mesma zona não tiveram a mesma sorte pois foram afectados pelo tempestade ficando às escuras por muitas horas.

No entanto, ficámos, no regresso a Toronto, 24 horas encerrados no autocarro que nos transportou de regresso devido à auto-estrada estar cortada, ou intransitável, devido às cheias tendo parte da viagem sido feita a “passo de caracol” por estradas rurais. Iniciámos, em Fall River, o regresso pelas 8 horas da manhã e tivemos o término desta viagem, aqui em Toronto, às 8 horas da manhã do dia seguinte.

Depois é que por aqueles lados não haver uma sincronização de serviços entre as zonas das auto-estradas, sem painéis indicadores como temos no Canadá e com um serviço de apoio da polícia do Estado, sendo mais civis, ou voluntários, que orientavam o trânsito. Hoje com os telefones eram muito mais fácil as autoridades avisarem 100 ou 200 quilómetros à frente de haver problemas ou dificuldades do escoamento ou dos caminhos intransitáveis para não haver engarrafamentos colossais com milhares de viaturas. E foi isso que nos aconteceu.

O que nos valeu foi sempre a boa disposição dos passageiros do autocarro onde se cantou, e tocou música de clarinete, e até se fez folia com uma passageira, a Eduarda, com grandes artes de criar alegria à sua volta, até se mascarou, e com outras senhoras também muito divertidas ajudar neste convívio de tantas horas enclausurado, foi uma gargalhada pegada, quase todo o caminho. Uma autêntica paródia com muita alegria. Valha-nos o Criador pois que há sempre maneira de “queimar” o stress como na situação acima referida. Assim se passou o tempo que de outra forma seria uma tortura.

Queremos deixar os nossos agradecimentos aos elementos da Comissão de Festas e seus voluntários e em particular, aos seus directores e coordenadores, senhores Clemente Anastácio, Ramiro Mendes e Nuno Pimentel, que nos apoiaram no nosso trabalho de campo. Um abraço de fraternidade e até para o ano.


Esta reportagem só foi possível, mais uma vez, graças ao gentil apoio dado pelas firmas da nossa praça – Homelife/Local Real Estate Ltd, J.F. Accounting,  Bento’s Auto & Tire Centre e à Salsicharia Pavão.

Aqui ficam os nossos agradecimentos ao Luís Lima,  José Ilídio Ferreira, Bento de São José e ao Luís e Sandra Pavão. Para todos estes, os nossos gentis  patrocinadores, deixamos um sincero muito obrigado.

Queremos ouvir a sua opinião, sugestões ou dúvidas:

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